sábado, 13 de dezembro de 2008

Abra os olhos



Eu desejo o fim.

O fim rápido e indolor.

Já tentei ser o alto da montanha gelada,

o espirito livre

e a decadence.

Não obtive exito.

Agora estou tentando ser o fim,

meu amigo, o fim.

Um estado verdadeiro de não ser

nem estar.

Talvez, a forma mais pura de liberdade,

ou de decadência, dirião alguns.

O que importa,

significado irrelevante.

Tão irrelevante quanto precisar ou buscar

nesta encenação sacal e repetitiva que chamamos de vida.

As imagens falsas do mesmo canal.

Somos tão de mentira, que nos degradamos e desmoronamos

até restar apenas pó.

Todos teremos essa sorte um dia.

Apenas, desejo as últimas palavras, quando me olharem

gelado, liberto e decadente:

- Bom dia meu amigo. Não precisas mais abrir teus olhos, o fim chegou.

- Bira –

13 de dezembro de 2008, 2:30

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