As vezes...as vezes perdemos o controle. Raiva e ira, em alguns momentos controlam nossas ações. Somos possuídos por um impeto, não irracional, mas que naquele interim de fúria eleva nossa força, percepção e habilidades. Isso ocorre quando somos ameaçados, acuados, pressionados. Seja nossos pensamentos e idéias, seja nossa vida. Temos somente que reagir, escapar, enfrentar. Assim, ficamos mais fortes quado somos ameaçados, contudo ficamos menos cerebral. Será pelo desvio do fluxo sanguineo para pernas e braços. Ou será que em épocas de perigo e instabilidade política faz-se necessário que o ditador assuma a democracia. A ditadura, é verdade, torna o sistema mais operacional e menos complexo. Menos conflituoso, eu acrescentaria. Logo, este governo, comanda “o estado do ser” com agressividade e poucos questionamentos. Mas não sem racionalidade. Apenas com a inteligencia necessária para derrotar o inimigo. Ou melhor, para responder a ameaça. Já que nem sempre a resposta está a altura da vitória. Queremos apenas reagir, está é a prioridade.
Somos ameaçados o tempo todo. E por isso devemos ter o cuidado de não deixar a nossa democracia interior ruir. Nem toda ameaça, é ameaça d’factum. Nem sempre o radicalismo psiquico é justificável. Precisamos usar o controle. Ele surgiu afim de que pudessemos dominar nossas respostas. Moderar o ataque. Ou esperar nas trincheiras. Impedir que retornemos novamente a Barbárie.
Portanto, posso compreender o mundo como um esquema macro de nossa estrutura interior. Fizemos ele conforme nossa imagem e semelhança. Quando quando você quiser conhecer-se melhor, apanas olhe, e veja, a sociedade que você está construindo. A civilização não é um puro acaso. Mas uma consequência de evolução interior em direção ao aprimoramento do controle e do dominio próprio. Permitam-me concluir com adstringência: civilizamos o comportamento, por isso não somos macacos – P.S. isso não é totalmente verdade.
- Bira -