Caro amigo,
Hoje venho a ti com imenso pesar,
Pois ao que um dia foi, nunca mais será.
Lembro com saudade daqueles tempos,
Nos quais tu nos guiava pelos caminhos tortuosos da vida.
Nos mostrava obstáculos até então imprceptíveis a nossa escassa visão.
Nos conduzia, como um pai terno faz com seu filho, pelas turbulências do destino.
Mas hoje, creio que esses tempos áureos se foram.
Tempos em que nos reuníamos e celebrávamos a vida.
Celebrávamos a juventude,
Celebrávamos a sabedoria recém adquirida.
E, acima de tudo, celebrávamos a nós mesmos.
Apossou-se de nós uma imensa inquietação
Pois vemos hoje o que ti tornas-te.
E vendo que não temos mais aquele ser que nos iluminava,
Perguntamos aos ventos: E agora?
Será que tudo o que nos ensinaste era falso?
Como pode, ao doce tocar de lábios, um homem descer a tão baixo fosso?
Estamos, mais que tristes, perdidos.
Essencialmente perdidos.
Pois tudo o que aprendemos foi deturpado por aquele que nos ensinou.
Vejo com tristeza que os que um dia foram os três mosqueteiros,
Hoje não passam de três porquinhos.
É...
Como já dizia o filósofo: Quando fores ao encontro de uma mulher, levas contigo o teu chicote.
Sabemos que as descendentes de vênus são criaturas amáveis, carinhosas e que enchem nossos corações de alegria.
Mas também sabemos que possuem uma estrada tenebrosa.
E me pergunto: O que aconteceste com o teu chicote, amigo!?
Terás perdido, ou foi transformado em laço de rosa!
Elas nos acusam de infinitas infâmias,
Mas são elas que cometem os maiores pecados:
Nos vegetalizam.
E nos tiram os amigos.
Sabes muito bem que ando por essa estrada vegetal já a algum tempo.
Mas nunca me ocorreu, nem mesmo em meus piores pesadelos,
Que tú, ao iniciar tão vil empresa, irias com tanta sede rumo ao abismo.
Sabes, que da mesma forma que um dia fui ao teu encontro em busca de conselhos, conhecimento ou mesmo consolo, virás ao meu com os mesmos propósitos.
E saiba que sempre, sempre, o aguardarei de litro aberto.
Pois em minha morada nunca faltará o dece mel de Dionísio para estes momentos.
Não o chamarei de hipócrita, pois não é de minha índole insutar meus semelhantes.
Mas saiba que tú o és.
Pois se transformaste em tudo aquilo que sempre combateste.
Saiba que já olhei para ti com admiração e reverência.
Hoje, olho com prudência.
Pois vejo, neste em que a prenhez nunca cessa,
neste em que o teto sagrado o tempo aos poucos renega,
apenas
Jaca.
Pois ao que um dia foi, nunca mais será.
Lembro com saudade daqueles tempos,
Nos quais tu nos guiava pelos caminhos tortuosos da vida.
Nos mostrava obstáculos até então imprceptíveis a nossa escassa visão.
Nos conduzia, como um pai terno faz com seu filho, pelas turbulências do destino.
Mas hoje, creio que esses tempos áureos se foram.
Tempos em que nos reuníamos e celebrávamos a vida.
Celebrávamos a juventude,
Celebrávamos a sabedoria recém adquirida.
E, acima de tudo, celebrávamos a nós mesmos.
Apossou-se de nós uma imensa inquietação
Pois vemos hoje o que ti tornas-te.
E vendo que não temos mais aquele ser que nos iluminava,
Perguntamos aos ventos: E agora?
Será que tudo o que nos ensinaste era falso?
Como pode, ao doce tocar de lábios, um homem descer a tão baixo fosso?
Estamos, mais que tristes, perdidos.
Essencialmente perdidos.
Pois tudo o que aprendemos foi deturpado por aquele que nos ensinou.
Vejo com tristeza que os que um dia foram os três mosqueteiros,
Hoje não passam de três porquinhos.
É...
Como já dizia o filósofo: Quando fores ao encontro de uma mulher, levas contigo o teu chicote.
Sabemos que as descendentes de vênus são criaturas amáveis, carinhosas e que enchem nossos corações de alegria.
Mas também sabemos que possuem uma estrada tenebrosa.
E me pergunto: O que aconteceste com o teu chicote, amigo!?
Terás perdido, ou foi transformado em laço de rosa!
Elas nos acusam de infinitas infâmias,
Mas são elas que cometem os maiores pecados:
Nos vegetalizam.
E nos tiram os amigos.
Sabes muito bem que ando por essa estrada vegetal já a algum tempo.
Mas nunca me ocorreu, nem mesmo em meus piores pesadelos,
Que tú, ao iniciar tão vil empresa, irias com tanta sede rumo ao abismo.
Sabes, que da mesma forma que um dia fui ao teu encontro em busca de conselhos, conhecimento ou mesmo consolo, virás ao meu com os mesmos propósitos.
E saiba que sempre, sempre, o aguardarei de litro aberto.
Pois em minha morada nunca faltará o dece mel de Dionísio para estes momentos.
Não o chamarei de hipócrita, pois não é de minha índole insutar meus semelhantes.
Mas saiba que tú o és.
Pois se transformaste em tudo aquilo que sempre combateste.
Saiba que já olhei para ti com admiração e reverência.
Hoje, olho com prudência.
Pois vejo, neste em que a prenhez nunca cessa,
neste em que o teto sagrado o tempo aos poucos renega,
apenas
Jaca.
Rafael Ribeiro Paiva
Petrolina, 27 de maio de 2008
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